Japão é um dos países mais saudáveis do mundo. Por que ainda não aprendemos com eles?
Quando se trata de saúde, quem melhor para falar do que um dos países com maior longevidade do mundo e que, não-coincidentemente, possui uma das menores taxas de obesidade?
Enquanto a maioria dos outros países possui de 15% a 30% de sua população acima do peso, o Japão mantém-se em apenas 3.5%. Qual é o segredo do Japão? Na verdade não há mágica e várias dicas já foram dadas, porém o ocidente precisa querer aprender e mudar hábitos.
Reformulação: o que absorvemos do Japão vs. o que ainda não entendemos sobre o Japão
Nós já incorporamos várias influências japonesas e observamos com curiosidade invenções que só podiam ser deles, como hashis com ventiladores e sombrinha com capa de chuva, mas também os úteis código de barras, notebook e câmera digital. Aliás, é o consumo digital que mais nos conecta com o país.
Em tempos de febre de selfies, os japoneses são experts no desenvolvimento de aplicativos para tratamento e edição de fotos, como o Meitu, Kawaii, Selfiee e Beautycam. São também exportadores para o mercado milionário de jogos e/ou fomentadores de ideas para games. Lá, a Mobage é uma rede social só para jogos tão importante quanto o Facebook.
Já a gigante Konami é distribuidora mundial de jogos eletrônicos e slot machines; no ocidente essas máquinas vêm ganhando mais espaço na versão online, mas o Japão continua marcando presenças via jogos temáticos famosos, como o Fortune Girl e Sakura Dragon, encontrados em alguns dos melhores cassinos online levantados pelo Casinos.pt – plataforma que avalia-os de acordo com catálogo de jogos, ofertas e compatibilidade.
Perceba que vemos o Japão pela ótica de como ele facilita ou interessa à nossa vida moderna, incorporarmos o que “já vem pronto”. Porém, enquanto o Japão avança a passos incríveis e inventa outras tecnologias que sequer exportaram ao mundo (como as privadas inteligentes Toilet), ele não deixa que a modernidade gerencie a vida das pessoas.
Mais acesso e facilidades não significam acomodar-se, e o relacionamento de seu povo com a comida é apenas um exemplo disso e de disciplina. Para aprender com o Japão, precisamos remover a camada superficial que separa o que absorvemos por querer e o que ignoramos por parecer uma ideia difícil ou estrangeira demais. E quais ideias seriam essas?
Escolhas e forma de pensar
O Japão possui mais de 6000 fast-foods, mas ao mesmo tempo existem mais de 5000 lanchonetes de comida rápida servindo arroz, peixe, batata, salada e sopa pelo mesmo preço de um lanche no McDonald´s.
Mesmo lojas de conveniência, que servem comidas prontas que teoricamente são menos saudáveis possuem opções muito melhores daquelas ocidentais, com pacotes de sushi, arroz, peixe e vários vegetais. Isso faz toda a diferença porque esses estabelecimentos são acessíveis a qualquer pessoa, influenciando, assim, suas escolhas.
Paralelamente, o Japão é o número 1 em máquinas self-service de bebida mundo (mais de 5 millhões), mas ao olharmos de perto, as opções são muito mais abrangentes que no ocidente.
Enquanto possuímos geralmente uma opção para água e o resto para sucos industrializados e refrigerante, o Japão oferece além destes vários tipos de chá sem açúcar e café. Conveniência e variedade, apesar de simples, fazem toda a diferença. É mais fácil fazer escolhas saudáveis quando há acessibilidade.
Mas acesso é apenas um ponto; há outros fatores que fazem com que os japoneses vejam a comida diferentemente de nós. Lá as pessoas a consomem com moderação e em pequenas porções divididas em tijelas, e isso faz com que sintam-se mais saciadas, tratando a refeição como uma experiência.
Enquanto a sociedade ocidental acostumou-se a comer enquanto olha o celular, assiste a TV ou até mesmo caminhando para o trabalho, os japoneses removem distrações e mantém-se conscientes no processo de alimentação, proporcionando-lhes saber quando estão satisfeitos e a não comer mais do que precisam.
Por fim, japoneses possuem horários estritos para comer, o que permite com que preparem suas refeições com antecedência ou façam melhores escolhas. Se você não possui um cronograma fixo, está suscetível a fazer escolhas erradas ou a comer a primeira opção que vir ao sentir fome, assim como fazer lanches, algo que não faz parte da cultura japonesa.
É claro que os japoneses possuem vantagens as quais não podemos controlar, como acesso à variedade de peixes a valores acessíveis e incrível sistema de transporte reduzindo a quantidade de carros, estimulando o uso de bicicletas e a chegar cedo em casa para as refeições.
Porém, é inegável que todos podemos desenvolver melhores relações com a comida a partir de como a observamos, e forçar as indústrias a fornecerem opções mais saudáveis, e nisso o Japão é um exemplo de solução. Estamos disciplinados a tentar?
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