Em período de pandemia, o Japão detém o passaporte mais poderoso do mundo
A empresa Henley & Partners analisa os passaportes que permitem viajar sem vistos ou autorizações adicionais. Japão, Cingapura e Coréia do Sul lideram a lista.
Os passaportes japoneses são atualmente os mais poderosos do mundo, permitindo a entrada sem visto em 193 países. É o que afirma a consultoria de migração e cidadania Henley & Partners, que compila uma lista dos passaportes mais potentes do mundo quatro vezes por ano.
Em 2° lugar está Cingapura e em 3° lugar estão Alemanha e Coréia do Sul empatadas. Já os países com piores classificações estão Iêmen, Paquistão, Síria, Iraque e por último Afeganistão que permite viagens sem visto para 26 países, em comparação com 193 no Japão.
O Henley Passport Index se baseia em uma comparação de 199 direitos de acesso de passaportes diferentes para 227 destinos de viagem com ou sem um visto adicional. Para cada destino onde não é necessário visto ou que permita que o visto do titular possa ser obtido na chegada em um outro país, o passaporte de uma nação ganha um ponto no ranking.
O relatório surge no momento em que a indústria de viagens luta com o impacto da pandemia COVID-19. E a perspectiva permanece incerta, já que o potencial para novas variantes do vírus faz com que os governos reduzam ou suspendam as viagens para ajudar a impedir a propagação.
A pandemia da COVID-19 frustrou planos de viagens e dizimou a indústria do turismo. Os programas de vacinas que estão sendo lançados em algumas partes do mundo oferecem alguma esperança, com muitos ansiosos pela perspectiva de viajar novamente para o exterior.
Muitos países europeus estão no topo do ranking, tais como Finlândia, Itália, Luxemburgo e Espanha que podem entrar em 190 destinos, enquanto Áustria e Dinamarca fecham o top 10, com 189. Com entrada livre em 188 países estão França, Irlanda, Holanda, Portugal e Suécia.
O Brasil é o 17º colocado na lista, com passaporte dando livre entrada, sem a necessidade de pedir visto antecipado, em 171 países. Há 43 países à frente do Brasil, entre eles o Chile, que ocupa a melhor posição entre os latino-americanos, com 175 países. Confira a lista completa aqui.
Japão planeja introduzir o “passaporte vacina”
Em ano de Jogos Olímpicos de Tóquio, o Japão planeja lançar seus próprios passaportes de vacina de Covid-19 para tornar a reabertura de viagens internacionais mais segura e acessível.
De acordo com o site de notícias japonês KyodoNews.com, fontes governamentais disseram que os passaportes da vacina seriam acessados por um aplicativo para smartphone em que os viajantes podem escanear nos aeroportos antes de embarcar nos voos ou entrar no país.
O governo segue em frente com o plano na esperança de retomar as viagens que praticamente pararam durante a pandemia. “Outros países estão fazendo isso, então o Japão terá que considerar isso também”, disse Taro Kono, responsável pelos esforços de vacinação do país.
Kono já havia manifestado a preocupação de que a exigência de certificação de vacinação poderia levar à discriminação contra pessoas que não podem ou não querem receber vacinas devido a possíveis reações alérgicas ou efeitos colaterais decorrentes das mesmas.
O aplicativo será vinculado ao Sistema de Registro de Vacinação, um banco de dados do governo de pessoas que receberam vacinas. Provavelmente será baseado no CommonPass, um aplicativo desenvolvido com o envolvimento do Fórum Econômico Mundial.
O Ministério da Saúde, Trabalho e Previdência e o Ministério das Relações Exteriores terão um papel central na elaboração dos detalhes do plano, disseram as fontes.
Keidanren, o maior lobby empresarial do país, pediu ao governo que considere a introdução de passaportes para vacinas, apontando para os planos da UE de lançar seu “Passe Verde Digital” em junho para permitir que turistas estrangeiros visitem durante as férias de verão.
Atualmente, o Japão só permite a entrada de cidadãos e residentes estrangeiros, bem como de estrangeiros em “circunstâncias especiais excepcionais”, e eles devem apresentar resultados negativos para os testes de coronavírus feitos 72 horas antes de sua partida.
3 Comentários